
A ex-tesoureira da Prefeitura de Ilha Grande, Maria José Lima dos Santos, conhecida como Professora Mazé Lima, voltou a ser condenada pela Justiça — desta vez por crime de injúria contra um advogado ligado a um sindicato. A sentença, proferida pela juíza Lisabete Maria Marchetti, da 7ª Vara Criminal de Teresina, fixou a pena em três meses de detenção, em regime inicialmente aberto.
A pena, que inicialmente era de um ano, foi reduzida devido à presença de atenuantes. A cláusula já transitou em julgada, ou seja, não há mais possibilidade de recurso. (SENTENÇA)
Com a nova sentença, Mazé Lima também teve seus direitos políticos suspensos, passará a constar no Sistema Nacional de Identificação Penal (SINIC) da Polícia Federal e será incluído nos registros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Um guia de execução penal já foi rápido.
O episódio que culminou na reportagem teve início quando uma ex-servidora apresentou grupos de mensagens para acusações considerando falsas e operações contra um advogado que atuava na defesa de servidores provisórios.
Ela o acusou de tentar aplicar golpes e acessar contas bancárias de funcionários por meio de um termo de adesão — uma narrativa desmentida pela própria Justiça.
O advogado, por sua vez, comprovou que o documento buscava apenas acelerar o pagamento de precatórios trabalhistas provenientes de uma ação coletiva ajudada em 2014, que beneficiou todos os servidores federais, inclusive a própria acusada. A ação foi vitoriosa e impôs uma expressão milionária ao município. Mesmo com o ganho financeiro, Mazé Lima descumpriu o acordo e passou a atacar o advogado publicamente, com relatos que acabaram de localizar a comissão do profissional — e agora ele rende mais uma ficha criminal.
E os problemas judiciais da ex-tesoureira não param por aí. Em 2022, ela já havia sido condenada a restituir aos cofres públicos o valor de R$ 9.064,69, após receber gratificações indevidas durante um curso de aperfeiçoamento realizado em 2015. A Justiça considerou o pagamento ilegal e classificou o ato como enriquecimento ilícito. A devolução será feita através de desconto mensal de 10% sobre suas remunerações líquidas.
Mazé ainda tentou anular judicialmente o processo administrativo que comprovou as irregularidades, mas foi derrotado mais uma vez. O Judiciário confirmou a legalidade das medidas adotadas pela administração municipal e manteve a ordem de devolução do dinheiro público.
Com mais uma exposição nas costas, a trajetória de Mazé Lima se distancia cada vez mais do serviço público e se aproxima de um histórico marcado por escândalos e sentenças. (Matéria relacionada)
O espaço segue aberto para manifestação da Professora Mazé Lima.